Ativistas sírios disseram nesta segunda-feira (28) que as forças do
presidente Bashar al Assad mataram pelo menos 41 pessoas, incluindo oito
crianças, durante ataques de artilharia nas últimas 24 horas contra a
cidade de Hama.
O relato, que não pôde ser verificado de forma independente, surge depois de o Conselho de Segurança da ONU
ter condenado o massacre de pelo menos 108 civis, muitos deles
crianças, na localidade síria de Hula, na sexta-feira, a despeito do
cessar-fogo em vigor há seis semanas na Síria.
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Fontes da oposição disseram que tanques e blindados sírios abriram fogo
no domingo em vários bairros de Hama, depois de ataques cometidos por
rebeldes do Exército Sírio Livre contra bloqueios viários e outras
posições do governo.
Em nota, o Conselho da Liderança da Revolução em Hama disse que
"disparos de tanques derrubaram vários edifícios. Seus moradores foram
retirados dos escombros". A nota disse que havia cinco mulheres entre os
mortos.
Os ativistas da oposição disseram que as forças de Assad bombardearam
Hula depois de um protesto, e então entraram em confronto com membros da
insurgência sunita que tenta derrubar Assad, membro da seita
minoritária alauita.
Governos árabes e ocidentais contrários a Assad culparam o governo
sírio pelas mortes em Hula. Damasco atribuiu a ação a "grupos
terroristas armados". Rússia e China, que vetaram duas resoluções do
Conselho de Segurança propondo ações mais incisivas contra o regime
sírio, condenaram o massacre, mas sem atribuí-lo diretamente às forças
de Assad.
"A China se sente profundamente chocada pelo grande número de vítimas
civis em Houla, e condena nos mais duros termos as cruéis mortes de
cidadãos ordinários, especialmente mulheres e crianças", disse Liu
Weimin, porta-voz da chancelaria chinesa.
O Conselho de Segurança "condenou nos mais duros termos as mortes,
confirmadas por observadores das Nações Unidas, de dezenas de homens,
mulheres e crianças, e o ferimento de centenas de outros na aldeia (de
Hula), perto de Homs, em ataques que envolveram uma série de disparos de
artilharia e tanques do governo contra um bairro residencial", disse a
declaração da ONU, que não tem o mesmo valor de uma resolução de
cumprimento obrigatório.
"Tal uso ultrajante da força contra a população civil constitui uma
violação da lei internacional aplicável e dos compromissos do governo
sírio conforme as Resoluções do Conselho de Segurança das Nações
Unidas", acrescentou o texto.
O mediador internacional Kofi Annan desembarcou em Damasco nesta segunda e irá se reunir na terça-feira com o presidente Bashar al Assad.
Fonte:www.g1.com.br